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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Fim da Incompetência

Casar com a filha do dono da empresa, arrumar emprego público, ter padrinho político ou obedecer piamente às ordens do chefe eram, em linhas gerais, os caminhos para o sucesso no Brasil. QI era sinônimo de "quem indica".

Ter mestrado no exterior, falar cinco idiomas, desenvolver nova tecnologia, caminhos certos para o sucesso no Primeiro Mundo, em nada adiantavam. As empresas brasileiras mamando nas tetas do governo, com créditos subsidiados, numa economia protegida, eram obviamente super-rentáveis, mesmo sem muita sofisticação administrativa. Até um perfeito imbecil tocava uma empresa brasileira naquelas condições, fato que irritava sobremaneira a esquerda e os acadêmicos, que na época dirigiam a economia. Está aí uma das razões menos percebidas da onda de estatização a que assistimos no Brasil.

Contratar pessoas competentes, além de não ser necessário, era desperdício de dinheiro. Num país em que se vendiam carroças a preço de carro importado, engenheiros especializados em airbags morriam de fome. Competência num ambiente daqueles não tinha razão para ser valorizada. Os jovens naquela época não viam necessidade de adquirir conhecimentos, só precisavam passar de ano. Alunos desmotivados geraram professores desmotivados, instalando um perverso círculo vicioso que tomou conta das nossas escolas.Tudo isso, felizmente, já está mudando.

Empresários incompetentes estão quebrando ou vendendo o que sobrou de suas empresas para multinacionais. Por muitos anos, quem no Brasil tivesse um olho era rei. Daqui para a frente, serão necessários dois olhos, e bem abertos. Sai o sábio e erudito sobre o passado e entra o perspicaz previsor do futuro. Sai o improvisador e o esperto, entra o conhecedor do assunto. A regra básica daqui para a frente é a competência. Competênciaprofissional, experiência prática e não teórica, habilidades de todos os tipos. De agora em diante, seu sucesso será garantido não por quem o conhece, mas por quem confia em você.

Estamos entrando numa nova era no Brasil, a era da meritocracia. Aqueles bônus milionários que um famoso banco de São Paulo vive distribuindo não são para os filhos do dono, mas para os funcionários que demonstraram mérito. Felizmente, para os jovens que querem subir na vida, o mérito será remunerado, e não desprezado. Já se foi a época em que o melhor aluno da classe era ridicularizado e chamado de CDF. Se seu filho de classe média não está levando o 1º e o 2º grau a sério, ele será rudemente surpreendido pelos filhos de classes mais pobres, que estão estudando como nunca. As classes de baixa renda foram as primeiras a perceber que a era do status quo acabou. Hoje, até filho de rico precisa estudar, e muito.

Vinte anos atrás, eram poucas as empresas brasileiras que tinham programas de recrutamento nas faculdades. Hoje, as empresas possuem ativos programas de recrutamento nas faculdades, não somente aqui, mas também no exterior. Os 200 brasileiros que estão atualmente cursando mestrado em administração lá fora estão sendo disputados a peso de ouro.

Infelizmente, os milhares de jovens competentes de gerações passadas acabaram não desenvolvendo e tiveram seu talento tolhido pelas circunstâncias. Talvez eles não tenham mais pique para desfrutar essa nova era, e na minha opinião essa é a razão da profunda insatisfação atual da velha classe média. Mas, os jovens de hoje, especialmente aqueles que desenvolveram um talento, os estudiosos e competentes, poderão finalmente dormir tranqüilos. Não terão mais de casar com a filha do dono, arrumar um padrinho, aceitar desaforo de um patrão imbecil.

O talento voltou a ser valorizado e remunerado no Brasil como é mundo afora. Talvez ainda mais assustador é reconhecer que o Brasil não será mais dividido entre ricos e pobres, mas sim entre competentes e incompetentes. Os incompetentes que se cuidem.

Publicado na Revista Veja edição 1536 ano 31 nº 9 de 4 de março de 1998
fonte:www.kanitz.com.br

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Bovespa despenca 7,59%, a maior queda desde 11 de setembro de 2001; dólar sobe 1,74%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou nesta segunda-feira depois que o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, anunciou que vai declarar sua concordata.

O Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro de ações, fechou em forte queda de 7,59% e atingiu 48.416,33 pontos. É a maior queda diária desde os atentados ao World Trade Center de 11 de setembro de 2001, quando havia caído 9,17%. Na contramão, o dólar comercial refletiu o temor generalizado dos investidores com a crise mundial e subiu 1,74%, cotado a R$ 1,812 para venda.

Investidores reagiam ao recrudescimento dos temores de crise sistêmica no Estados Unidos, depois de o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimento do país, ter pedido proteção contra falência.

O Lehman tinha se colocado à venda para potenciais compradores enquanto lutava para cobrir suas volumosas perdas relacionadas às hipotecas, mas as negociações fracassaram no final de semana depois que as autoridades indicaram que o governo não prestaria socorro à instituição a fim de facilitar a compra.Além disso, o Bank of America fechou um acordo de compra da Merrill Lynch por US$ 50 bilhões, enquanto a seguradora AIG batia à porta do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pedindo um empréstimo de US$ 40 bilhões.Na semana passada, o governo dos EUA assumiu o controle de duas gigantes hipotecárias, a Fannie Mae e a Freddie Mac.

O fracasso das negociações para a venda do Lehman Brothers nos últimos dias provocou grandes incertezas nos investidores, que temem um movimento semelhante com outros bancos.Os fantasmas da crise voltavam a assombrar o mercado apenas seis meses depois de a quebra do banco americano Bear Stearns ter sido evitada, numa operação costurada pelo Fed que resultou na compra da instituição pelo JP Morgan.

Toda essa crise bancária está relacionada com os problemas no chamado mercado de "subprime" (hipotecas de baixa qualidade), que vieram a público em meados do ano passado."Depois de um ano de crise, chegam notícias como essas. Fica o medo de que ainda haja mais contaminação", disse Kelly Trentin, analista da SLW corretora.Segundo o economista e vice-presidente da SulAmérica Investimentos, Marcelo Mello, bancos como o Lehman Brothers envolveram-se na crise porque, no auge do otimismo com a compra de imóveis, decidiram investir no setor de hipotecas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos não vai interromper o ciclo de crescimento do Brasil.Segundo Mantega, é normal que o mercado esteja nervoso nesta segunda-feira e nos próximos dias. Mesmo assim, a tensão não deve comprometer a economia brasileira.MundoO Banco Central Europeu (BCE) injetou hoje no mercado 30 bilhões de euros (US$ 42,6 bilhões) a uma taxa de juros mínima, chamada de marginal, de 4,3% e com um vencimento de um dia.

Devido às turbulências nos mercados financeiros, desde agosto de 2007, o BCE injetou liquidez adicional em euros e em dólares (neste último caso, em operações conjuntas com o Federal Reserve americano) para evitar escassez de moeda.Na Europa, as principais Bolsas fecharam em queda acentuada. Londres perdeu 3,92%; Paris, 3,78%; Frankfurt, 2,74%; e Madri caiu 4,5%.

Nos Estados Unidos, as Bolsas também tiveram forte recuo. O índice Dow Jones perdeu 4,42% e o Nasdaq, 3,6%.As Bolsas da Ásia e da Oceania fecharam em forte queda. Os mercados na Austrália, Cingapura e Taiwan caíram até 4%. O feriado em alguns países da região reduziu o volume de negócios.

fonte: www.uol.com.br/economia

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Investimento da DM9DDB em internet dobra em um ano

A DM9DDB dobrou a participação da internet no seu investimento em mídia, chegando a 5,5% no último ano. O volume também representa quase o dobro do que é praticado no mercado e mostra o alinhamento da agência com a realidade brasileira: uma sociedade cada vez mais on line.

“A Internet é a mídia que tem o maior crescimento de adesão de gente nova diariamente”, explica Paulo Queiroz, vice-presidente de mídia da DM9DDB,“Além disso, também há uma evolução expressiva do tempo gasto pelo internauta na rede e a tendência é de crescimento expressivo”. Hoje o brasileiro navega em média 24horas e 55 minutos na internet por mês. Os dados da DM9DDB são divulgados no mesmo dia em que o Ibope/NetRating indicam que o número de usuários da internet bateu recorde histórico em julho.

No mês passado 23,7 milhões de pessoas usaram a rede mundial de computadores, contra 18,5 milhões do mês anterior. Um expressivo crescimento de 28% que foi impulsionado pelo acesso feito de casa. O dado traz uma perspectiva muito boa para as marcas e para a indústria da propaganda brasileira. “A internet traz uma complexidade muito importante e intrigante para as marcas”, explica Queiroz, “já que permite às marcas o envolvimento com o público de diversas vias e linguagens”.

Neste novo cenário, o anunciante e as agências passam a raciocinar em uma lógica em que o on e o off line não competem, mas se integram. “O consumidor passa a ser um co-autor da mensagem, decidindo quando e como quer ser impactado: se na televisão, na mídia impressa ou na internet”, continua o vice-presidente da DM9DDb.

Com um detalhe importante que esse mesmo consumidor quer ter acesso ao conteúdo para também enviá-lo seja via foto, vídeo, texto ou imagem. É justamente por isso que a tendência, com a qual a DM9 trabalha, é de que os recordes de usuários e tempo de navegação serão quebrados sucessivamente.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Laranjeiras não tem direito a royalties de petróleo

Justiça Federal entende que a extração e refino do gás acontecem em Aracaju

O juiz da 3ª Vara Federal, Rafael Soares Souza, negou o pedido feito pelo município de Laranjeiras para que fosse incluído no rol de beneficiários dos royalties de petróleo. Na ação contra a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o município alega que possui instalações de recepção e transporte dos mencionados produtos, o que o tornaria um beneficiário dos royalties.

Contudo, o juiz entendeu que os royalties só são devidos até a fase de extração e refino, abrangendo apenas o transporte daquele para este. "Ora, se assim o é com o petróleo bruto e respectivos equipamentos, não há motivo para se entender de modo diverso quanto ao gás natural que, além do mais, por vezes, coexistem na mesma jazida", argumenta o magistrado.

Em sua sentença, Rafael Souza ainda argumenta que todas as atividades que resultam no direito aos royalties são realizadas em Aracaju, ressaltando que as conseqüências da tubulação enterrada no território de Laranjeiras são mínimas, e não há o que compensar com o pagamento dos royalties.

fonte: www.jornaldacidade.net.br