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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Psicodrama ajuda no relacionamento entre empresa e profissional

O que é psicodrama? A palavra une "psique", que é a alma ou o Eu, com "drama", que é a ação, o que está por trás das cenas. Logo, a palavra psicodrama poderia ser traduzida como o "eu em ação".

As psicólogas Joceli Drummond e Andréa Claudia de Souza explicam, no livro "Sociodrama nas organizações" publicado pela Editora Ágora, que o psicodrama nos ajuda a perceber as atitudes e ações que orientam as inter-relações no trabalho. A conclusão é que ele auxilia na busca de um norte, de desejos e de objetivos, nas dinâmicas relacionais.

Experiências

O psicodrama permite às pessoas entenderem o clima organizacional e mapearem suas próprias necessidades e as do grupo. Como consultoras de empresas, na gestão dos recursos humanos, elas citaram alguns exemplos no livro.

Em uma atividade com 20 participantes, realizada em uma empresa de prestação de serviços, elas contam que foi pedido aos profissionais que escolhessem um objeto da sala onde estavam que simbolizasse suas expectativas com relação ao término daquele trabalho de psicodrama.

"Todos apresentaram suas expectativas dando ênfase ao foco relacional. O relato que mais nos chamou a atenção foi o de um participante que usou uma lâmpada como metáfora, dizendo que, no momento, ela era de 40 watts, mas, após o trabalho, gostaria que a equipe se acendesse como uma lâmpada de 100 watts. Todos os participantes concordaram com a cabeça e alguns disseram: É isso aí".

"Outros escolheram uma porta, de fechada a aberta. Outros tiveram uma expectativa mais técnica: cadeira com base sólida, quadro de escrever com maior conhecimento, entre outros". Mas, como a questão da lâmpada se destacou mais, as perguntas dos diretores foram unânimes: por que o grupo estava tão pouco iluminado? É este tipo de resposta que o psicodrama se propõe a responder.

Resultados

Em outra atividade, os participantes se dividiram em quatro grupos. Cada um tinha que escolher uma música. Uma das canções selecionadas foi a Cotidiano, de Chico Buarque. Ela dizia: "Todo dia fazemos tudo sempre igual/ Acordamos às seis da manhã/ Com aquela preguiça descomunal/ Para enfrentar a braveza gerencial/ Oito horas continua sempre igual/ Os meus colegas pegando no meu pé...".

A atividade de psicodrama permitiu que as pessoas fizessem muitas interpretações, que não seriam tão ricas se os profissionais somente conversassem sobre o cotidiano na empresa. Foram levantados temas como pressão por resultados, administração do tempo, desmotivação e liderança. O resultado foi que a empresa decidiu cultivar uma liderança situacional, em que há sinergia e co-responsabilidade na tomada de decisões.


Do portal www.infomoney.com.br

terça-feira, 17 de junho de 2008

ENSINO A DISTÂNCIA: UMA REALIDADE?

Atualmente as pressões exercidas sobre as pessoas devido às demandas econômicas, tecnológicas, sociais e políticas fazem com que nos qualifiquem para atender a essas demandas e acompanhar as exigências do mercado. O sistema capitalista (interesse econômico) exige que a educação atenda o maior número possível de pessoas em um menor tempo possível e apresente uma proposta que atenda à política social dominante. Para atender a essas exigências, as pessoas e as organizações estão utilizando, o Ensino a Distância (EAD) como alternativa, e estão encontrando vantagens e desvantagens.

Diante do exposto, cabe nos perguntar: o EAD é uma realidade'? Dentre os diversos conceitos sobre EAD, destacamos o proposto por Alves e Nova (2003), que o define como uma das modalidades de ensino-aprendizagem, possibilitada pela mediação dos suportes tecnológicos digitais e de rede, seja esta inserida em sistemas de ensinos presenciais, mistos ou completamente realizada por meio da distância física.

O EAD surge a partir da invenção da imprensa por Gutenberg em 1453, quando o homem começou a aprender diretamente dos textos, e não diretamente do professor. O correio foi o modelo precursor nos Estados Unidos da América e na Europa, sendo que, no final do milênio passado, é que surgiram os grandes sistemas de educação superior à distância na Europa, Canadá, EUA e Austrália. No Brasil, temos como precursor a Escola Internacional (1904) com seus cursos por correspondência. Tivemos outros marcos importantes: a Fundação Rádio Monitor (1939), o Instituto Universal Brasileiro (1941), a Tele educação (anos 60), o Projeto Minerva e Telecurso 2000, a criação da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed) em 1995 e o reconhecimento do EAU como modalidade de educação pelo MEC (normalizada pela LDB em 1996 e 1998).

O EAD no Brasil está regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o artigo 20 do Decreto Federal 2.494/98 destaca: "... Os cursos a distância que conferem certificado ou diploma de conclusão de ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional e de graduação serão oferecidos por instituições publicas ou privadas especificamente credenciadas l)ara esse fim (...)". Atualmente, as universidades corporativas surgem como umas das maiores patrocinadoras do EAD no Brasil e no mundo em função da necessidade do incremento qualitativo quantitativo da educação empresarial e
garantia da educação continuada interna.

Dados recentes indicam que o Brasil já possui aproximadamente 100 universidades corporativas contra 2.000 americanas. No que se refere às universidades virtuais, somente a partir de 1996 é que as universidades brasileiras despertaram para esta modalidade de ensino, das quais podemos destacar: PUC-RS, UFSC, Unisul e FGV on-line, que dispõem de todo aparato tecnológico, como Internet, salas de" videoconferências, teleconferências, videoaulas, CD-ROM, dentre outros, para que o processo ensino-aprendizagem seja realizado de forma mais eficaz. Buscando cumprir seu principal objetivo, que é o de aumentar o acesso ao conhecimento diminuindo barreiras geográficas, flexibilizando o local e o horário das aulas e utilizando diferentes estratégias pedagógicas, atendendo a diferentes perfis e necessidade de desenvolvimento de competências, o EAD apresenta as seguintes vantagens: atinge maior audiência;1 atende estudantes que não podem assistir às aulas na escola; os estudantes podem ser instruídos por professores das melhores instituições de ensino; os custos iniciais, em muitos casos, competem vantajosamente com a ,educação tradicional; acesso facilitado à educação; favorece ao aluno a possibilidade de escolher rotas de aprendizagem; e compartilhamento de recursos.

Porém, este processo de ensino apresenta limitações que devem ser consideradas em sua implementação: a lacuna deixada, pela ausência da interação face-a-face do educador com seus alunos e vice-versa, o reconhecimento dos cursos (como garantir um mínimo de qualidade a estes programas?) e a dificuldade em se lidar com a tecnologia (EAD é para todos?).

A onda de mudanças chega independente das vontades individuais, portanto, é necessário analisar criticamente todo o contexto e tirar vantagens destas novas tecnologias sem deixar de lado as suas limitações. O ensino a distância apresenta-se como uma alternativa para incrementar o déficit educacional brasileiro. porém é necessário que os atores, governo, instituições, educadores, alunos e professores cumpram bem o seu papel e que tenhamos uma tecnologia adequada para cada situação (público-alvo). Qualquer que seja a tecnologia e as ferramentas selecionadas como recursos de aprendizagem, é fundamental o planejamento e as estratégias de ação didática.

Gerisval Alves
Mestre em Gestão Empresarial (FGV -RJ)
Especialista em Engenharia da Qualidade
Prof. da Faculdade Atenas Maranhense - FAMA

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Carteiras recomendadas convergem para maior exposição a bens de capital

Por outro lado, cresce ceticismo de analistas frente a setores ligados à expansão do crédito, com ciclo de alta da Selic



SÃO PAULO - Em alta com analistas, os setores de bens de capital e energia destacam-se entre recomendações para este mês de junho. Em contrapartida, expectativas de maior aperto monetário prejudicam a avaliação de curto prazo para segmentos ligados à expansão do crédito.

Ao compararem-se as carteiras sugeridas, é nítida a postura um pouco mais conservadora de analistas frente a setores que obtiveram grande destaque recentemente, como os ligados ao consumo doméstico e à exportação de commodities.

Por outro lado, o destaque positivo dado aos bens de capital segue em linha com os dados divulgados na terça-feira (3) pelo IBGE sobre o mês de abril, que apontam crescimento da produção no setor de 21,0% em 12 meses e 1,6% na passagem mensal.

Reflexo do aperto

Muito deste ceticismo responde a expectativas um pouco menos favoráveis para a concessão de crédito, dado o cenário pouco animador para inflação e a já esperada resposta firme da autoridade monetária brasileira, com previsão de ciclo de alta da taxa básica de juro.

De acordo com analistas do HSBC, os segmentos que dependem diretamente do aumento do crédito para crescer poderão sofrer no curto prazo, dada a opção das autoridades por restringi-lo, a fim de conter a demanda agregada.

Deste modo, a instituição recomenda menor exposição aos setores bancário e varejo, este também pressionado pelo aumento da inadimplência. Foram retirados de sua carteira os papéis de B2W (BTOW3), Unibanco (UBBR11) e MRV (MRVE3).

Divergências: Bancos

Por outro lado, analistas do Unibanco entendem que os ainda bons fundamentos do setor financeiro justificam apostas, com expectativa de reversão do desempenho desfavorável do primeiro trimestre. Destacam os efeitos positivos que o IPO da Visanet poderia ter para os papéis dos recomendados Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4).

No mesmo sentido, a corretora Socopa aposta em bom desempenho do setor financeiro, aumentando a exposição de sua carteira aos papéis do Unibanco (UBBR11), entendendo que os papéis do segmento bancário encontram-se descontados em relação ao restante do mercado.
Consenso: Bens de Capital e Energia

Recomendando aumento da exposição ao segmento de energia, o HSBC entende que "o encerramento do processo de revisão tarifária poderá acelerar o movimento de consolidação no setor", aliado ao forte consumo industrial.

Este também embasa a expectativa positiva em torno das indústrias de bens de capital, que operam em elevados níveis de capacidade instalada. Com esta perspectiva, os analistas da instituição incluíram em sua carteira os papéis de Indústrias Romi (ROMI3) e AES Tietê (GETI4).

Destacando o vigoroso crescimento das encomendas de bens de capital, a corretora Ativa incluiu em sua carteira os papéis da WEG (WEGE3), com importante fornecimento de equipamentos para geração e transmissão de energia, assim como para a Cemig (CMIG4), que inicia processo favorável de reajuste de preços.

No mesmo sentido, os analistas do Unibanco adicionaram a WEG entre suas Top Picks, com expectativas positivas para os resultados do segundo trimestre deste ano.

Para além do curto prazo, os novos projetos relacionados a centrais hidrelétricas e bagaço de cana devem manter forte a demanda do setor de energia por seus produtos. Já a corretora Socopa aposta nos papéis da Iochpe-Maxion (MYPK3) para aproveitar o aquecimento do setor de bens de capital, bem como a retomada do segmento de vagões.

Do portal
www.infomoney.com.br

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Profissionais muito qualificados podem ter de aceitar salário incompatível

A empregabilidade do profissional muito qualificado depende do cenário econômico pelo qual passa o País. Em época de vacas magras, é possível que encontremos alguém com doutorado e experiência internacional reclamando do fato de que está à procura de um emprego há mais de seis meses, e que nada encontra.

Na sua consciência, você sabe que não é verdade. Uma pessoa com um currículo desses não pode simplesmente não achar emprego! Você está, provavelmente, certo. De acordo com o responsável pela pesquisa salarial da Catho, Mário Fagundes, as empresas raramente descartam um profissional overqualified (superqualificado) porque acreditam que não irão conseguir pagar por ele.

"A maioria das companhias pensaria: opa, vamos aproveitar esse candidato. Vamos contratar o pós-graduado e pagar salário de graduado", explica. Mas é claro que isso não pode ser generalizado. Além disso, em um bom momento econômico, como o que estamos vivendo agora, as empresas sofrem com escassez de mão-de-obra qualificada, pagando muito bem por ela. "É o caso do setor de engenharia", acrescenta.

Salário incompatível e falta de motivação

A conclusão que se chega é de que alguém superqualificado não passa grandes dificuldades para encontrar emprego. Porém, muitas vezes, diante de um cenário econômico ruim, ele pode ter de aceitar cargos mais baixos na hierarquia e salários menores, que não são compatíveis com seu know-how.

Não se trata propriamente de uma injustiça, uma vez que a contratação é uma via de mão dupla: as duas partes concordam com os termos da relação empregatícia. O problema é que isso pode ocasionar a falta de motivação por parte do profissional. "Vai chegar um momento em que ele irá notar que a contribuição que dá à empresa é desproporcional com seu salário".

Outra hipótese é a de que a organização o contrate para um cargo que não necessite tanto conhecimento ou experiência. "No processo seletivo, é comum as empresas exigirem qualificações e competências que vão além daquilo que é importante para a função. Isso ocorre em menos de 50% das vezes, mas é comum", adverte o gerente da Page Personnel (unidade de negócio do grupo Michael Page International), Igor Schultz.

O contratado costuma ter expectativas em relação ao trabalho que jamais serão cumpridas. "Como é muito qualificado, geralmente o profissional espera ser mais estratégico. Mas, se as atividades desenvolvidas não requererem tanta teoria, sendo mais operacionais, ele fica desmotivado. Às vezes, deixa a empresa", explica.

Idade e o mito do preconceito

Não existe preconceito por parte das empresas com relação ao overqualified, mas pesquisas indicam que há preconceito com relação à idade. "No entanto, a idade não tem uma relação direta com a qualificação e a experiência profissional", pondera o responsável pela pesquisa salarial da Catho, que ainda conclui: "a empregabilidade dos mais velhos qualificados é maior do que dos mais velhos com menos escolaridade".

O gerente geral da área de cursos da Catho, Rodolfo Ohl, concorda. "Não há preconceito. O profissional de Recursos Humanos do Brasil tem a mentalidade aberta. A questão, independentemente da qualificação, é se o candidato ao emprego é a peça-chave que a empresa procurava para completar seu time".

Quanto ao preconceito, por parte do contratante, originado da insegurança de ter que trabalhar com alguém que possa demonstrar mais capacidade, crescendo, desta maneira, na hierarquia, somente ocorre quando a organização é muito atrasada (ou o chefe que participa do processo seletivo é muito inseguro). "Bill Gates uma vez disse que sempre procurava contratar pessoas mais inteligentes do que ele. O empresário também disse que uma empresa é formada por constelação, e não por estrelas isoladas", lembra Ohl. Não tenha medo de investir na carreira.

A dica de Fagundes é: não tenha receio de investir na carreira. "Para ter sucesso profissional, são necessárias duas coisas: fazer o que gosta e ser o melhor naquilo que faz. E para ser o melhor, é preciso ter técnica, conhecimento teórico, formação", sublinha. "Em algum momento da conjuntura econômica, o superqualificado pode se sentir um pouco injustiçado, mas, sem dúvida, a qualificação é um investimento futuro".


Do portal UOL Economia (www.uol.com.br/economia)