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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Carteiras recomendadas convergem para maior exposição a bens de capital

Por outro lado, cresce ceticismo de analistas frente a setores ligados à expansão do crédito, com ciclo de alta da Selic



SÃO PAULO - Em alta com analistas, os setores de bens de capital e energia destacam-se entre recomendações para este mês de junho. Em contrapartida, expectativas de maior aperto monetário prejudicam a avaliação de curto prazo para segmentos ligados à expansão do crédito.

Ao compararem-se as carteiras sugeridas, é nítida a postura um pouco mais conservadora de analistas frente a setores que obtiveram grande destaque recentemente, como os ligados ao consumo doméstico e à exportação de commodities.

Por outro lado, o destaque positivo dado aos bens de capital segue em linha com os dados divulgados na terça-feira (3) pelo IBGE sobre o mês de abril, que apontam crescimento da produção no setor de 21,0% em 12 meses e 1,6% na passagem mensal.

Reflexo do aperto

Muito deste ceticismo responde a expectativas um pouco menos favoráveis para a concessão de crédito, dado o cenário pouco animador para inflação e a já esperada resposta firme da autoridade monetária brasileira, com previsão de ciclo de alta da taxa básica de juro.

De acordo com analistas do HSBC, os segmentos que dependem diretamente do aumento do crédito para crescer poderão sofrer no curto prazo, dada a opção das autoridades por restringi-lo, a fim de conter a demanda agregada.

Deste modo, a instituição recomenda menor exposição aos setores bancário e varejo, este também pressionado pelo aumento da inadimplência. Foram retirados de sua carteira os papéis de B2W (BTOW3), Unibanco (UBBR11) e MRV (MRVE3).

Divergências: Bancos

Por outro lado, analistas do Unibanco entendem que os ainda bons fundamentos do setor financeiro justificam apostas, com expectativa de reversão do desempenho desfavorável do primeiro trimestre. Destacam os efeitos positivos que o IPO da Visanet poderia ter para os papéis dos recomendados Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4).

No mesmo sentido, a corretora Socopa aposta em bom desempenho do setor financeiro, aumentando a exposição de sua carteira aos papéis do Unibanco (UBBR11), entendendo que os papéis do segmento bancário encontram-se descontados em relação ao restante do mercado.
Consenso: Bens de Capital e Energia

Recomendando aumento da exposição ao segmento de energia, o HSBC entende que "o encerramento do processo de revisão tarifária poderá acelerar o movimento de consolidação no setor", aliado ao forte consumo industrial.

Este também embasa a expectativa positiva em torno das indústrias de bens de capital, que operam em elevados níveis de capacidade instalada. Com esta perspectiva, os analistas da instituição incluíram em sua carteira os papéis de Indústrias Romi (ROMI3) e AES Tietê (GETI4).

Destacando o vigoroso crescimento das encomendas de bens de capital, a corretora Ativa incluiu em sua carteira os papéis da WEG (WEGE3), com importante fornecimento de equipamentos para geração e transmissão de energia, assim como para a Cemig (CMIG4), que inicia processo favorável de reajuste de preços.

No mesmo sentido, os analistas do Unibanco adicionaram a WEG entre suas Top Picks, com expectativas positivas para os resultados do segundo trimestre deste ano.

Para além do curto prazo, os novos projetos relacionados a centrais hidrelétricas e bagaço de cana devem manter forte a demanda do setor de energia por seus produtos. Já a corretora Socopa aposta nos papéis da Iochpe-Maxion (MYPK3) para aproveitar o aquecimento do setor de bens de capital, bem como a retomada do segmento de vagões.

Do portal
www.infomoney.com.br

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