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quarta-feira, 18 de outubro de 2006

ARTIGO DA SEMANA - Comunicação entre líderes e liderados: mitos e realidades!

COMUNICAÇÃO ENTRE LIDERES E LIDERADOS: MITOS E REALIDADES!

Ronaldo Marques

A despeito de títulos e cargos cada vez mais pomposos e pretensiosos a maioria dos executivos não são "líderes" de fato. "Gerentes são pessoas que fazem as coisas corretamente, ao passo que líderes fazem a coisa certa!". - Warren Bennis, Ph.D. On Becoming a Leader.

Liderança não se trata, na sua maior parte, de figuras divinas que transformam seus subordinados em "super-homens". Liderar é gerar mudança. Na minha opinião, milhares de empresas hoje em dia são "sobre-gerenciadas" e "sub-lideradas". A diferença entre um liderado e um líder é a comunicação! Os lideres verdadeiros compreendem o que motiva seus liderados e os inspiram para que estes sejam o melhor de si mesmos.

Por séculos o mundo dos negócios e a comunidade acadêmica têm estudado, idolatrado e gasto bilhões de dólares no treinamento e no desenvolvimento de líderes. Toda esta atenção gerou uma profunda miopia e preconceitos sobre os chamados "liderados" - pessoas excepcionalmente hábeis e qualificadas para liderarem a si próprios.

No seu livro "Leadership: Myths and Realities", Robert Allio propõe que no futuro o foco de tanta atenção deverá recair sobre os liderados com maior ênfase em trabalho de equipe, colaboração e envolvimento das pessoas que formam as bases de uma organização.

No mundo de hoje e, cada vez mais, no futuro o poder e a autoridade não vão emanar da posição ou por coerção, mas da confiança, do compromisso e dos valores compartidos com aqueles que são liderados. E, no final das contas, lideres e liderados vão precisar aceitar que suas responsabilidades e recompensas devem ser mútuas e compartidas. "Uma comunidade ou organização é como um navio. Todo mundo deve estar preparado para assumir o leme" - Henrik Ibsen, - An Enemy of the People.

Existem dois tipos de pessoas em uma organização: aquelas que não sabem o que está acontecendo e as outras que querem saber o que está acontecendo. A ignorância trás consigo riscos e riscos geram medo. Medo de perder o emprego, medo de não ser justamente avaliado e recompensado. Segundo a organização Gallup, a principal preocupação no ambiente de trabalho é o medo. Portanto, não deve ser surpresa para ninguém que uma recente pesquisa da Society of Human Resource Management revele que oito em cada dez pessoas queiram deixar seus empregos atuais.

Se você quer que seus subordinados acreditem em você e se você quer que eles façam algo, você precisa se comunicar. Comunicação facilita o processo de liderança. Acredito que é fácil concordar com esta afirmação. A parte difícil está em como usar a comunicação. Isto significa que quando você cria a visão, você precisa articular a visão. Quando você planeja, você precisa contar seus planos. Quando você delega, você mantém um diálogo com seus subordinados sobre quem faz o que. Quando você aconselha, você conversa sobre o que está dando certo e sobre o que precisa melhorar. Quando você recompensa, você faz isso com palavras (e fatos). E quando você motiva, você faz todas as coisas acima de maneira a criar as condições ideais para que seus subordinados se sintam participantes, comprometidos, conectados e capazes de contribuir. De uma forma ou de outra, liderança é comunicar de cima para baixo, de baixo para cima e para os lados também, em cada nível da organização.

Comunicação é estímulo e resposta. Uma das qualidades primárias de um líder é saber comunicar. E quando eu uso a expressão comunicar, eu me refiro não somente às palavras que o líder usa para transmitir informações, mas também as "mensagens" que são transmitidas (estímulo) e recebidas (resposta).

O profissional de RH possui um papel decisivo no processo de comunicação de uma organização. Em primeiro lugar, criando condições para que líderes e liderados tenham acesso ao treinamento formal e desenvolvam suas habilidades de comunicação. Desenvolvimento de mensagens, ensinar o poder das palavras, linguagem corporal, "tom de voz", comunicação escrita e oral, como, quando, onde e o que comunicar, técnicas de apresentação e outros processos ajudam - mas são só a metade do caminho.

A segunda metade - sem a qual não há comunicação - é saber escutar. Se a comunicação é fator de satisfação em uma organização as "pesquisas de clima" precisam medir e verificar se as mensagens que foram enviadas foram recebidas e interpretadas corretamente. Uma maneira de ter certeza que a compreensão para as mensagens da organização foi gerada, é encorajar os liderados (qualitativamente) a falar sobre o que eles entenderam. O teste final é determinar se as mensagens são praticadas no dia-a-dia. Sem a prática das mensagens - não há comunicação!

Se você quer ser o "líder" e deseja que seus liderados queiram trabalhar para você - "comunique ou se trumbique!". A jornada é árdua, mas potencialmente recompensadora para aqueles que têm a visão e a coragem para começar.

Um comentário:

Unknown disse...

muito bom, sao conselhos que ajudam muito. obrigado por nos ajudar em horas tao dificeis.