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terça-feira, 31 de outubro de 2006

ARTIGO DA SEMANA - "Isolamento Profissional - Um Eremita Na Organização"

Pessoal, estamos estudando tanto para nos tornarmos Workholics???
Então, vamos dar um pouco de atenção ao texto abaixo, ok?


ISOLAMENTO PROFISSIONAL - UM EREMITA NA ORGANIZAÇÃO

por Rogério Martins


Um fato tem chamado minha atenção nos últimos tempos: o isolamento profissional. Não que seja novidade, mas porque vem crescendo de forma impressionante. As pessoas vêm agindo como verdadeiros eremitas organizacionais, ou seja, isolando-se do que ocorre no mundo afora. Mais precisamente, do mercado de trabalho.

Isto ocorre em todos os tipos de organização. Vemos profissionais em seus locais de trabalho por dez, doze ou até quatorze horas por dia, sem perceber os males que isto provoca à sua vida pessoal e até profissional.

Passam a maior parte do tempo no ambiente profissional e raramente se dão conta que ser trabalhador é um dos papéis que exercemos na vida. Sendo assim, entram na chamada zona de conforto. Ambiente favorável para a acomodação, a sensação de segurança (que só ele percebe), a desatualização, o afastamento de pessoas e desafios, o ensimesmamento – o olhar para o próprio umbigo, entre outros.

O resultado é que temos pessoas mais estressadas, embutidas e agressivas. Estes fatores resultantes deste fenômeno social interferem em seu cotidiano, promovendo um afastamento ainda maior de tudo que o cerca.

Este isolamento é causado por diversos motivos, entre eles destaco a globalização, a necessidade de maior produtividade – fazer mais com menos, o perfeccionismo e a busca desenfreada por qualidade total. Tudo isso, aliado a outros fatores da sociedade moderna, faz com que este fenômeno tenha como resultante os maiores índices de desemprego da história da humanidade.

Desta maneira é fácil encontrarmos pessoas que se dizem injustiçadas, pois após o seu desligamento de uma organização apresentam muita dificuldade na recolocação – quando conseguem recolocar-se. Culpam o sistema, o governo, os políticos, as empresas, o capitalismo, todo mundo. Não percebem que se tornaram escravas de uma forma de relacionamento funcionário-organização que elas próprias ajudaram a criar.

Estes fantasmas da organização evitam consciente ou inconscientemente as oportunidades de socialização dentro e fora do trabalho. Convivem com poucas pessoas, quando se relacionam com alguém. Esquecem de seus amigos e das possibilidades de networking; afinal, a sensação de onipotência e de ser insubstituível é muito maior. Ledo engano, pois as organizações vêm deixando de agir passionalmente em suas relações com seus empregados. Buscam resultados. Necessitam de pessoas que saibam fazer, mas também estejam atualizadas e preparadas para as constantes mudanças. Portanto, não cabe mais o modelo do profissional isolado, pois isso não faz bem para nenhum dos lados.

Mas, então, o que fazer? Comece permitindo-se desfrutar de alguns momentos do seu dia para falar com amigos. Seja por telefone, Internet ou pessoalmente. (...) Outro passo importante é participar de cursos, palestras e treinamentos oferecidos pela empresa ou, principalmente, que surgiram do seu interesse e iniciativa. Muitas vezes participar de um evento fora de sua área de atuação permite que descubra novas habilidades ou aprimore as que já existem, além de conhecer pessoas novas. Sempre há tempo quando sabemos administrá-lo corretamente; portanto, não pense em desculpas, mas em formas de organizar melhor suas atividades de forma que consiga participar de tais eventos.

Sempre que se sentir em um ambiente favorável fale com as pessoas.(...) Diga quem é você, o que faz e o que busca. Assim, as pessoas poderão ajudá-lo, ou ao menos lembrarão de você quando surgir algo de interesse.

(...) Portanto, invista na sua rede de relacionamentos. Não resista às mudanças – afinal, elas são eternas. Faça seu marketing pessoal – construa uma imagem competente e positiva. Reveja constantemente sua zona de conforto – aquela que nos leva ao isolamento. Pratique diariamente ações visando o autoconhecimento, pois só assim será possível vencer na vida pessoal e profissional.

Rogério Martins
Psicólogo, Consultor para o Desenvolvimento Pessoal e Organizacional e Diretor da Persona Consultoria & Eventos

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