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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Diretor de marketing da Samsung, Carlos Werner fala da importância de investir no esporte

Após a experiência bem sucedida com o "Time Medalha Azul" durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, a Samsung decidiu manter o investimento em atletas de ponta para manter sua imagem ligada ao esporte brasileiro. Na última quarta-feira (11/06), a multinacional coreana organizou uma festa para apresentar o seu novo "time" de atletas patrocinados, agora tendo em vista a performance nos Jogos Olímpicos de Pequim, que começam em 8 de agosto.

Apesar de ser patrocinadora oficial dos Jogos, a empresa decidiu apostar em nomes consagrados da mídia, com o objetivo de ampliar a exposição de sua marca durante e após o evento. Foi por isso que o time de 2008 passou a ter como característica a aposta em atletas com grandes chances de medalhas.

São os casos de Giba (vôlei), Marta (futebol), Daiane dos Santos (ginástica), Robert Scheidt (vela) e Clodoaldo Silva (natação paraolímpica). Eles se juntam a jovens promessas, como Priscila Xavier, do judô, e esperanças como a nadadora Flávia Delaroli. Ao todo, são dez esportistas fazendo parte do time da Samsung, com contrato até o final deste ano.

A aposta na equipe de atletas representa também o primeiro investimento com grande exposição na mídia da empresa desde a saída do Corinthians, no final do ano passado.

Em entrevista exclusiva Carlos Werner, diretor de marketing da empresa, fala sobre Olimpíadas, atletas patrocinados, planos para aderir à Lei de Incentivo ao Esporte e também como vai utilizar a imagem dos patrocinados antes, durante e após os Jogos.

"A gente acredita muito no esporte, nos valores do esporte, simpatiza com ele. Nossa intenção é fazer algo duradouro. Espero conseguir fazer algo do porte deste ano, e por muitos anos".

Máquina do Esporte: Da equipe que fez parte do projeto no ano passado, apenas Maurício e Franck Caldeira ainda estão presentes. Por que essa mudança?

Carlos Werner: A gente quis renovar um pouco, mudar um pouco o mix de atletas, a ponto de fazer novas apostas. Os atletas do ano passado já receberam algum apoio, tiveram um sucesso muito grande. Mas foi mesmo da tentativa de dar uma renovada no time, trazendo um pouco dos valores do ano passado, apostar em novas figuras.

ME: Com a nova formação do grupo de patrocinados, a chances de medalhas nas Olimpíadas são maiores?

CW: Eu tenho certeza que sim. Vai ser difícil bater a meta do ano passado, porque nós tivemos muitas medalhas. O time da Samsung, nos ranking dos países [participantes do Pan-Americano de 2007], teria ficado em quarto lugar. Então vai ser difícil bater essa meta.

ME: Qual estratégia de marketing foi traçada para esses atletas?

CW: Nós temos um comercial de TV, e nosso objetivo é dividir isso com a população brasileira. A gente quer divulgar esse tipo de patrocínio, divulgar a imagem dos atletas, e mais importante, mostrar que os valores dos atletas são muito similares aos valores da nossa marca.

ME: A Samsung tem planos para continuar esse tipo de investimento após a Olimpíada?

CW: A gente quer que essa iniciativa seja duradoura, porque ela tem uma parte voltada para o social também. Afinal, a gente contribui para o desenvolvimento do esporte no Brasil também. E eu acho que essa é uma atividade que não pode depender só do Estado, tem que depender da iniciativa privada também. A gente acredita muito no esporte, acredita nos valores do esporte, simpatiza com ele. A nossa intenção é fazer algo duradouro. Espero conseguir fazer algo do porte deste ano, e por muitos anos.

ME: Nesse sentido, existe algum plano para que o patrocínio seja feito via Lei de Incentivo ao Esporte?

CW: Nós estamos tentando enquadrar a Samsung nisso, até para ampliar os negócios. Por enquanto, nossas campanhas são só voltadas ao marketing. A gente precisa de uma reestruturação fiscal que permite a adesão à lei.

ME: A saída da empresa do Corinthians possibilitou que o investimento no time olímpico fosse maior este ano em relação à equipe do Pan?

CW: Uma coisa não teve muito a ver com a outra. A gente gostaria de continuar patrocinando o Corinthians, mas, mesmo assim, a Samsung não deixou de investir no futebol. A intenção é solidificar o nome da marca no esporte, tanto que a gente colaborou com a Federação Paulista de Futebol (FPF) esta temporada, temos investimentos na Copa Nextel Stock Car, organizamos torneios de golfe, corridas de rua. Este ano a gente está patrocinando também o World Cyber Games (WCG). Os tipos de patrocínios são diferentes. O ano passado, a Samsung brasileira que patrocinou o Pan. Para as Olimpíadas, quem investe é a Samsung lá de fora. Claro que a gente teve que rever o e ampliar o projeto para esse ano, mas os investimentos foram equivalentes.

ME: Houve um bom retorno pela campanha feita no Pan-Americano? Vocês já esperavam isso?

CW: Sim. E era algo pelo qual esperávamos. A gente sempre teve muita fé nesse programa, reditou que seria um sucesso muito grande. Porque os atletas são de ponta, são atletas de nível olímpico, alguns consagrados, outros que são grandes promessas.

ME: A mescla de atletas é importante, então?

CW: Exatamente. No ano passado a gente também mesclou monstros sagrados com jovens promessas e a expectativa foi cumprida. Trouxemos muitas medalhas para o Brasil.

ME: Além do comercial de TV, a empresa espera usar outras mídias para divulgar os patrocínios aos atletas?

CW: A televisão é o foco porque o objetivo é divulgar a imagem dos atletas. Mas faremos campanhas em revistas, jornais e na internet. Inclusive temos um website onde o jornalista Álvaro José nos ajudará colocando alguns fatos sobre as Olimpíadas.

ME: O senhor disse que os contratos dos atletas vão até o final do ano. Como a empresa pretende usar a imagem do seu time depois dos Jogos Olímpicos?

CW: Independentemente do que acontecer, a Samsung continuará apoiando os atletas, pois muitos deles já são consagrados. O objetivo é que eles nos tragam medalhas. O patrocínio continua valendo, nada vai mudar.

ME: Qual foi o critério para a escolha dos atletas que formam a campanha?

CW: A gente quis fazer um leque abrangente, de diferentes perfis. Pegar atletas de alta performance tanto no masculino quanto no feminino. Outros esportistas de modalidades que estão crescendo no Brasil, apostar em jovens talentos. Não foi uma escolha aleatória, foi tudo bem planejado.

Por Raphael Rocha - Fonte: Máquina do Esporte
DO SITE: www.marketing.com.br

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