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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Futebol árabe mira Brasileirão e vira pesadelo para os torcedores

Sucesso dos treinadores brasileiros e transmissão do Nacional na TV árabe fazem crescer interesse dos clubes do Oriente Médio

Ele levou o treinador do Inter, fez o principal jogador do Grêmio ser odiado pelos dirigentes após deixar o clube e acaba de tirar o artilheiro do líder Flamengo. O futebol árabe, que assim como a Europa está agora no intervalo entre temporadas, promete causar estragos ao Campeonato Brasileiro.

A lista de jogadores que estiveram ou ainda estão na mira é grande: Leandro Amaral, Alex, Guiñazu, Carlinhos Paraíba... O mercado árabe vai se transformando num destino potencial para brasileiros, como antes já foram o Oriente (Japão/Coréia do Sul) e o Leste Europeu. Até então, a quase totalidade dos brasileiros no futebol árabe era formada por jogadores pouco conhecidos por aqui. O meia Felipe e o atacante Araújo, que foram para lá nos últimos anos, são exceções. Mas em breve devem ganhar companhia, como indicam as contratações de Marcinho (ex-Flamengo), Fernandão (ex-Inter) e Roger (ex-Grêmio).

Uma das causas é a invasão de treinadores brasileiros no chamado mundo árabe - que na verdade se resume a Qatar, Emirados Árabes e, em menor escala, Arábia Saudita. Estão por lá Marcos Paquetá (Al Gharrafa-QAT), Paulo Autuori (Al Rayyan-QAT), Zé Mário (Al Arabi-QAT), Toninho Cerezo (Al Shabab-EAU) e, agora, Abel Braga (Al Jazira-EAU) e Emerson Leão (Al Sadd-QAT). Esse grupo, que quase foi reforçado por Caio Júnior, anda com prestígio. Na última temporada, os títulos do Qatar e dos Emirados Árabes ficaram com brasileiros: Paquetá e Cerezo, respectivamente. - Apostaram por muito tempo em treinadores europeus, e não deu certo. Agora, já existem até empresários árabes que falam português, para facilitar o contato - explica Paquetá.


Campeonato Brasileiro na TV árabe

Com mais técnicos brasileiros no futebol árabe, há também mais jogadores brasileiros sendo indicados. No entanto, esse não é o único contato dos árabes com o nosso futebol. - Eles são apaixonados pelo futebol daqui. Há dois canais árabes a cabo que transmitem o Campeonato Brasileiro - conta o técnico Alexandre Gama, que deixou o Al Wahda (Emirados) no meio deste ano, ao final da temporada, e agora está no Macaé-RJ. - Vim para o Brasil porque não houve acordo, mas quero voltar para lá um dia.

E quais são os atrativos do futebol árabe? O mais evidente é o dinheiro. - Se o jogador é conhecido e tem passagem pela seleção, pode ganhar em torno de R$ 6 milhões por ano (R$ 500 mil por mês) - avalia o meia Camacho (ex-Botafogo), que já passou pelo Qatar e atua na Arábia Saudita. Existem outros fatores.

Pode-se trabalhar sem pressão da torcida, há tempo livre de sobra (já que só se treina à noite, por causa do calor) e não existe preocupação com insegurança e violência nas ruas. Por outro lado, o idioma e os hábitos são uma barreira - e, no caso da Arábia Saudita, os costumes são mais radicais e por vezes o salário atrasa. Além disso, atuar no futebol árabe pode derrubar o ego do jogador. - Você não está sendo visto e acaba esquecido - avisa o atacante Araújo, artilheiro do último Campeonato do Qatar jogando pelo Al Gharrafa.

É comum dizer que determinado jogador ou técnico recebeu proposta do mundo árabe. No entanto, essa expressão é bem mais abrangente do que os destinos comuns no futebol - Qatar, Emirados Árabes e Arábia Saudita. O mundo árabe é composto por 22 países (veja imagem acima), mais o território da Palestina, não reconhecido como país pela ONU. Em comum, eles têm a língua árabe, a religião islâmica, os costumes e a história.

fonte: www.globoesporte.com

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